Eu e os Beatles

Acho que esse título já explica tudo sobre o assunto desse texto. Tava em dúvida sobre o que postar aqui, mas o último programa que eu vi na TV, agora há pouco, me fez ficar decidido. Antes que você comece a pensar que a televisão me manipula, não é todo programa que me faça tomar decisões na vida (decidir sobre o que escrever num blog não é uma das coisas mais importantes da vida). O problema é sobre o que o programa falava: Beatles! Sim, "A" banda! Aquela que vocês enjoarão de tanto ouvir citações sobre ela nesse blog! Porque Beatles é mais do que música, é um estilo de vida, é um sentimento inexplicável que lhe acompanha quando você está sentindo sentimentos explicáveis (alegria, raiva, tristeza). Nem sempre Beatles esteve dessa forma na minha vida, mas como diz a chamada de Smallville: "Toda história tem um começo."

Há alguns anos atrás eu ficava matutando porque é que meus amigos escutavam tanto música ou tal ritmo ou tinham sua banda favorita e eu não. Eu comecei a escutar músicas internacionais (rock, de preferência) vendo o programa TVZ no Multishow. Algumas me agradavam e eu ficava repetindo sempre aquelas músicas. Mas, quando vinham pra mim com "e ae, José? Diz ae uma banda que tu gosta." eu ficava meio desengonçado na resposta porque eu não tinha tal banda. Eu não sabia dizer que se eu gostava de uma música de um grupo era gostar dele. E nisso eu continuei na minha busca pela identidade musical. E de uma hora pra outra me veio na cabeça "vou escutar um desses cds dos meus pais. alguns até me animam um pouquinho quando eles botam pra tocar." e eu fui dar uma olhada nas velharias. Acabei pegando um cd pirata, chamado "The Greatest Hits: The Beatles", que tava lá em casa há um ano, mas que tinha umas músicas de uns LP's que minha mãe botava pra escutar quando fazia faxina, desde minha infância, e fui escutar no PC. Nas primeiras músicas, eu achei legalzinho, mas quando chega em umas como "Twist and Shout" e "Help" me veio uma espécie de alegria, misturada com nostalgia e horas na Sessão da Tarde (vide "Curtindo a vida adoidado"). Eu acho que o que eu senti naquela hora é comparado àquela cena em que Harry Potter escolhe (ou é escolhido pela) a varinha certa. Aquilo era pra mim, eu sabia.

Logo, passei a escutar aquele CD com mais freqüência. Tinha conseguido uma resposta para aquelas indagações sobre bandas que eu gostava! Mas aí começaram a dizer que eu gostava de música de véio. Mas eu não desisti dos garotos de Liverpool ainda e batia o pé quanto a minha decisão. Até que eu vim saber que um amigo meu gostava do grupo. E depois outro amigo meu também me afirmou que gostava e um certo tempo depois mais outro. Éramos justamente quatro, que nem os Beatles! Conversávamos, discutíamos sobre a banda. E eu fui procurando por mais informações dessa música. Biografia, letras, passei a ver com outros olhos sobre a morte um tal de John Lennon e outro George Harrison, vi o número de fãs que eles tinham no mundo, no Brasil e até em Natal. Um programa de rádio, uma exposição de artigos organizada por um fã-clube, possibilidades de se fazer trabalhos escolares sobre o grupo, festas temáticas, coisas que, se tivessem acontecido sem eu ter a idéia de escutar um cd velho não seríam nada, me deixavam eufórico. Hoje só de reconhecer uma introdução ou um refrão (nesse caso, para aquelas músicas que eu não escuto muito, afinal eu não gosto de todas e me enrolo até naquelas que eu gosto) tocando, ver pessoas falando sobre ou utilizando algo sobre em qualquer lugar onde eu esteja já me deixam com o coração batendo mais forte.
Não é difícil me verem cantando, assoviando, cantarolando uma música dos Beatles (principalmente em uma aula de matemática), eles quase não saem da minha cabeça.

Algumas metas que eu tenho na vida envolvem Beatles, como: ir um dia a Liverpool, aprender a tocar um instrumento (e músicas deles), fazer uma banda que toque Beatles (nada sério, só de brincadeira) e ir a Las Vegas ver a apresentação Beatles in Love do Cirque du Soleil.

Tentei pôr aqui um resumo do que eu sinto por essa banda que já me deu muitas alegrias (parece até o cara falando sobre o time do coração, mas futebol não é um dos meus fortes) e espero que me traga muitos sentimentos inexplicáveis ainda. Se lhe causa dúvida, saiba que gosto sim de outras bandas e outros estilos de música, mas Beatles...é a N°1!
Agora já vou indo, fazer minha "mágica e misteriosa viagem" pelo mundo dos sonhos. Tá meio tarde.

"You say good bye and I say hello"

2 pensamentos diferentes:

Unknown disse...

Bom Zé, agradeço ao Opera por me avisar do post novo.

O texto ficou muito bom, e eu achava que você já conhecia Beatles fazia mais tempo, mas enfim.

E no momento estou escutando I Feel Fine, não que isso importe, mas é Beatles afinal de contas.

Escreve com mais frequência.

Unknown disse...

Cada dia minha admiração por você cresce cara! Esse padrinho de crisma só me dá orgulho!

Bem, diferente de Dionisio eu nunca usei o Opera (porisso cheguei com um par de anos de atraso). Só que, especialmente hoje, eu tava parado na frente do pc e achei que tem muita coisa legal na internet que eu não vou atrás e isso me fez procurar no lugar mais óbvio possível: no perfil de meus amigos.

Você escreve muito bem, amigo! fiquei de queixo caído quando li seus pensamentos e reflexões aqui no seu blog ( o qual eu nem saberia que existia se não tivesse ido fuçar no seu orkut pra clicar "ver perfil inteiro")

Agente precisa voltar ao hábito de se falar mais pessoalmente do que pela net.
Abração de seu amigo Alesi.

"Always... no... sometimes, think it's me. But you know I know when it's a dream. I think... er... no I mean... er... yes, but it's all wrong. That is I think I disagree." (Strawberry Fields Forever - The Beatles)